Economia sem Makas, edição alargada de 17 de Novembro de 2025

ECONOMIA SEM MAKAS — EDIÇÃO ALARGADA

17 de Novembro de 2025 – Rádio MFM

Apresentação: Manuel Vieira

Comentário: Carlos Rosado de Carvalho


1. Execução do OGE 2025: Defesa gasta em nove meses a verba prevista para todo o ano

A principal manchete da edição alargada traz a revelação de que o sector da Defesa esgotou, em apenas nove meses, todo o orçamento previsto para 2025.

Segundo Carlos Rosado de Carvalho, esta situação demonstra um padrão recorrente:

  • O Governo “gasta acima do orçamentado”, ignorando previsões ou limites de despesa.

  • A execução orçamental torna-se desequilibrada e pressiona sectores como Saúde, Educação e Protecção Social.

  • O analista alerta para riscos graves de sustentabilidade fiscal caso o excesso de despesa se mantenha até ao fim do exercício económico.


2. Fitch Ratings mantém classificação de risco de crédito de Angola

A agência Fitch Ratings decidiu manter a notação de risco de Angola, numa avaliação marcada pela:

  • Estabilidade das contas externas

  • Fragilidade da economia interna

  • Pressão orçamental crescente

  • Dependência elevada do sector petrolífero

Rosado de Carvalho sublinha que a manutenção da nota “é um sinal de prudência, não de confiança plena”, e lembra que o défice do terceiro trimestre pode dificultar futuras revisões positivas.


3. PRS agradece ao Governo pela criação do subsídio de desemprego

O PRS elogiou publicamente o Executivo pela implementação do subsídio de desemprego, classificando a medida como:

  • Um avanço importante para a protecção social

  • Uma resposta a necessidades urgentes da juventude e de trabalhadores despedidos

  • Um passo que aproxima Angola de padrões mínimos de segurança social vigentes na região

Rosado destaca que o impacto real dependerá da sustentabilidade financeira e da transparência na gestão do fundo.


4. TAAG apresenta plano de voo aos trabalhadores — agora falta apresentar aos contribuintes

A transportadora aérea nacional TAAG apresentou o seu novo plano de voo aos trabalhadores, numa tentativa de reforçar operações e recuperar a credibilidade operacional.

Contudo, como destacou Rosado, “os trabalhadores são importantes, mas quem paga a factura são os contribuintes”.

O analista considera indispensável que:

  • A TAAG apresente de forma pública o plano de reestruturação

  • Haja clareza no uso dos fundos públicos

  • Se defina um modelo de gestão sustentável, para evitar novos resgates financeiros a curto prazo

Data de Emissão: 17-11-2025 às 08:00
Género(s): Economia, Opinião
 
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